terça-feira, junho 29

na américa

photo_roy_hospita

está é a loucura dos homens. a vertigem da vida. uma série sublime que ninguém devia perder. uma lição de vida.

segunda-feira, junho 28

dois tolos e um país perdido

vermeer_maedchen_mit_weinglas

eu não quero santana em s. bento.

quarta-feira, junho 23

para quando duas palavras


este é o diálogo do frio. a prova como a música nasceu no coração dos homens. em ilhas distantes. longe de tudo o que interessa.

ilusão

parece que te vejo. digo-te. pergunto se eras tu e aproveito para perguntar como estás. dizes que estás bem mas que não eras tu. estou definitivamente com alucinações. ou iludido por uma presença que nunca passou afinal de uma ausência. tão certa como o nosso amor nunca ter existido.

evasão

olho para as árvores e penso. como posso crescer sem raízes? como posso olhar para o céu e florescer? como posso ser árvore sem ter sido arbusto?

segunda-feira, junho 21

desta vez foi

a era virtual é isto. foi nisto que nos tornou. náufragos. dependentes das máquinas. decepcionados pela perda das palavras escritas no papel ou na pedra. desta vez foi assim. perdi-te em segundos. não sei o que fazer. desculpa. distraí-me. apaguei-te em segundos. até quando a memória te guardará?

como vou recordar a última vez que te vi?

sexta-feira, junho 18

tens medo?

paura3

io non ho paura é um filme fabuloso sobre a infância. sobre como as coisas importantes se aprendem e descobrem na infância. mesmo a amizade ou o sacrifício mais profundo.

ou como o mundo das crianças não cabe numa aldeia sem valores.

quinta-feira, junho 17

do futebol

é esta a euforia da pimenta e do ouro. a celebração inócua. a festa de um mundo por construir. o aniversário de algo que ainda não nasceu.

é este o nosso fado. cantar antes da vitória.

terça-feira, junho 15

aforismo

a poesia mais bela ecoa no silêncio dos corações. dispensa as palavras. sussurra na noite.

segunda-feira, junho 14

uma incessante questão

se está calor lá fora porque faz frio cá dentro?

segunda-feira, junho 7

presença

tudo são pequenas despedidas. perdas onde se edificam as palavras. local de nascimento da ausência.

rotina

adoro criar rotinas. para depois as quebrar. com requinte. desprezando o fado do tempo e dos gestos.

quinta-feira, junho 3

amigo

foram muitos os dias que nos fizeram
dias longos de longas conversas
um pouco por todo esse espaço
onde ousámos coexistir
e plantar essa flor tão fragilmente
perene

conheço-te tão bem que às vezes
me pareces um estranho que
também quer partilhar as dúvidas
incómodas que vagueiam na
minha rua que lentamente morre
com a tarde

sabes acho que chorei muitas vezes
por não ter um irmão

mas foram muitas as palavras que nos
uniram continuamente
como uma linguagem que se reinventa
ao sabor de rios que correm lá
longe
muitos os sonhos que deixámos
voar por entre gestos
difíceis magoados

foram muitas as horas que vimos
correr sem pressa no vagar precioso
dos melhores anos da vida
olhados agora com a nostalgia ridícula
de quem se sente subitamente triste
ou demasiado inconformado
com uma ou outra desilusão

mas não sabes quantas vezes chorei
por não conseguir ser melhor amigo

e foram tantos os minutos em que desejei
que estivesses por perto e não me deixasses
morrer que hoje apenas te posso pedir que
quando esse dia chegar que sejas ainda como sempre
o meu melhor amigo

e que a vida nos tenha feito irmãos

quarta-feira, junho 2

nada pode ser destruído



o amor é uma construção imperfeita. como a vida e o destino. tão perene como o mar que engole a terra.